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Não é toda criança faz BIRRA! | Veja o que é birra e o que não é...

Criança no carrinho de compra fazendo birra


O que é a BIRRA?


Birras são episódios breves de comportamentos exagerado, irritante e muitas vezes agressivos em resposta à frustração ou raiva. Os comportamentos de birra são geralmente desproporcionais à situação. Os comportamentos de birra geralmente incluem chorar, gritar, "ficar mole", se debater, bater, jogar objetos, empurrar ou morder.

Birras fazem parte do comportamento normal de crianças pequenas e são geralmente causadas por gatilhos fisiológicos como fadiga, fome ou doença. A frequência das birras tende a diminuir com a idade.

Crianças com déficits de linguagem ou autismo podem apresentar birras com maior frequência por causa da frustração associada com a dificuldade em expressar verbalmente seus sentimentos e vontades.

A birra como problema acontece quando a criança aprende que agir assim é uma maneira eficaz de conseguir o que querem ou evitar o que não querem a curto prazo. É o famoso “fazer espetáculo” ou “querer chamar atenção”, e está associada a teimosia e insistência para ter acesso a um objeto ou atividade de interesse ou para fugir de um evento que lhe causa insatisfação.


O que NÃO É birra?


Nem todo “comportamento emocional” da criança é birra!
Nem todo choro é birra!
Não é birra quando a reação é proporcional à situação.
Não é birra quando a criança reage a uma agressão de um adulto ou colega.
Reclamar, querer, requisitar de forma proporcional à situação não é birra quando a criança não tem suas necessidades básicas atendidas.



Não! Não é toda criança que faz birra!

Frequência de birra em crianças por idade


Não é normal para crianças maiores de 5 anos apresentar um padrão repetitivo de birras.

Quando dizemos que nosso objetivo como pais e educadores é que as crianças não façam birra, estamos dizendo que o esperado é que a frequência das birras diminua à medida que a criança aprende habilidades para identificar e nomear seus sentimentos, comunicar esses sentimentos a outras pessoas e implementar comportamentos positivos para gerenciar sentimentos ou emoções negativas.

Se a frequência de birra não diminui com a idade, tem algo errado!


Não existe “receita de bolo” para lidar ou evitar birras!


O manejo deve ser consequência de uma análise funcional de cada caso que leve em conta:

A idade, desenvolvimento e o repertório de comportamentos da criança;
Eventos do ambiente, incluindo principalmente o comportamento de cuidadores e a possibilidade de controle desses eventos;

Mas em geral, a fórmula é:

O ideal é desde cedo prevenir o aparecimento desses comportamentos, não reforçando comportamentos inapropriados;

Oferecer modelos positivos de regulação emocional;

Quando o comportamento de birra já está instalado, o objetivo é extingui-lo. Cessar o reforçamento fará com que a frequência do comportamento problema diminua (com cuidado para não ceder durante o período de resistência a extinção);

Reforçar comportamentos mais adaptativos da criança com seu ambiente social;



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Referências

Bhatia et al. (1990). Temper tantrums. Prevalence and etiology in a non-referral outpatient setting. Clinical Pediatrics, 29(6), 311–315.

Sisterhen e Wy, Paulette. Temper Tantrums. [Atualizado em 6 de dezembro de 2019]. Em: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK544286/

Potegal M, Davidson RJ. (2003) Temper tantrums in young children: 1. Behavioral composition. Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics. Jun, 24(3):140-7.

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Daniels, Mandleco e Luthy. (2012) Assessment, management, and prevention of childhood temper tantrums. Journal of the American Association of Nurse Practitioners. Oct;24(10):569-73.

Crocomo, Elisa. (2015) O que fazer com o comportamento de Birra? Disponível em <https://www.comportese.com/2015/05/o-que-fazer-com-o-comportamento-de-birra> Acesso em: 24 de junho de 2020.



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