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Como o comportamento dos pais molda o desenvolvimento emocional das crianças

Mãe dando apoio emocional para a filha

05 de fevereiro de 2023

As palavras que os pais usam com os filhos fazem toda diferença!

A maneira como os pais reagem aos comportamentos dos filhos, incluindo o quê e como os pais falam com as crianças, são ingredientes importantes para o desenvolvimento de habilidades como autocontrole e autorregulação e ajudam moldar a maneira como os filhos pensam sobre o mundo e sobre si mesmos.

Os comportamentos dos pais é uma fonte importante de segurança emocional para as crianças:

Pais que são pouco sensíveis às emoções dos filhos e usam de práticas punitivas, incluindo ameaças e agressões verbais, reduzem a motivação da criança de se autorregular e deixam as crianças mais sensíveis a emoções negativas. Essas práticas negativas estão associadas com problemas de comportamento e problemas psicológicos como ansiedade e depressão nos filhos.

Por outro lado, pais que usam linguagem de apoio e conforto quando as crianças erram ou quando estão chateadas e que enfatizam a autonomia e o controle das crianças sobre suas próprias ações e emoções estão criando filhos mais bem capacitados para lidar com suas emoções em momentos difíceis.


Pesquisadores destacam a importância de fornecer às crianças um ambiente seguro e estruturado que permita o desenvolvimento saudável das habilidades de autorregulação.


Veja algumas estratégias que podem ajudar a desenvolver habilidades de regulação emocional nas crianças:

• Fique atento ao ambiente e tente antecipar momentos desafiadores quando as crianças podem ter dificuldade em regular suas emoções ou comportamento (por exemplo, momentos de transição) e ofereça orientações prévias e suporte emocional.

• Use resolução de problemas ao invés de punição para lidar com o comportamento emocional das crianças. Estimule, modele e reforce os próprios esforços de resolução de problemas apresentados pelas crianças.

• Ajude as crianças a dar um passo atrás durante a resolução de problemas e refletir sobre o problema em questão, fazendo perguntas.

• Ajude as crianças a redirecionar a atenção para outros estímulos, isso ajuda a afastar a atenção do estímulo que está causando desconforto emocional e enxergar outras possibilidades.

• Ajude as crianças a reinterpretar o significado de um evento para mudar seu impacto emocional.

• Use momentos de brincadeiras e contação de história para apoiar o desenvolvimento da linguagem expressiva das crianças.

• Facilite interações com colegas para fomentar o desenvolvimento de habilidades como o expressar opiniões, escutar opiniões, alternar-se (durante turnos de jogos ou numa conversa) e desenvolver empatia com os outros.

• Defina regras e limites claros que ajudem as crianças a aprender o que é esperado em relação à expressão emocional e as guie a expressar emoções de forma socialmente aceitável (por exemplo, "é normal ficar bravo, mas não é permitido bater").

• Evite o controle negativo (expressão de raiva, crítica, intervenção física).

• Divida as tarefas difíceis em pequenas etapas para ensinar novas habilidades às crianças e promover a autonomia.

• Dê a chance para as crianças monitorarem e avaliarem seu próprio comportamento e realizações, incluindo conquistas e frustrações.

• Proporcione atividades estruturadas e rotineiras na vida diária das crianças, pois oferecem previsibilidade e limites que permitem que as crianças saibam o que esperar.

 

Para saber mais:

BAKER, Sabine. The effects of parenting on emotion and self-regulation. Handbook of parenting and child development across the lifespan, p. 217-240, 2018.

KOCHANSKA e AKSAN. Children's conscience and selfregulation. Journal of personality, v. 74, n. 6, p. 1587-1618, 2006.

ROTHBART, Mary K. et al. Developing mechanisms of self-regulation in early life. Emotion review, v. 3, n. 2, p. 207-213, 2011.

LATHREN, BLUTH e ZVARA. Parent selfcompassion and supportive responses to child difficult emotion: An intergenerational theoretical model rooted in attachment. Journal of family theory & review, v. 12, n. 3, p. 368-381, 2020.

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